A lista de municípios vilões do desmatamento da Amazônia, que ontem (24) diminuiu com a saída de Paragominas (PA), deve ficar menor na próxima atualização. O governo registrou redução no desmatamento em 38 das 43 cidades do ranking.
Na contramão da queda do desmate está o município de Novo Progresso (PA), único da lista em que a derrubada aumentou entre 2008 e 2009. Em Altamira (PA) e Amarante (MA) o desmate ficou estável: não houve redução, mas os satélites também não registraram avanço das motosserras. Não foi possível comparar dados de dois municípios: Brasil Novo (PA) e Mucajaí (RR)
Dos 42 municípios que permanecem na lista, 22 conseguiram reduzir o desmatamento para menos de 40 quilômetros quadrados em 2009, uma das exigências para deixar o rol de devastadores. No entanto, as cidades não conseguiram alcançar o Cadastramento Ambiental Rural (CAR) de pelo menos 80% das propriedades.
O CAR fornece informações sobre o tamanho e o mapeamento da vegetação das propriedades, facilitando a identificação de quem está respeitando as regras ambientais, como a manutenção da reserva legal, por exemplo.
De acordo com a representante nacional da organização The Nature Conservancy (TNC), Ana Cristina Barros, os municípios têm dificuldades técnicas em implementar a ferramenta. “Algumas vezes os prefeitos lideram a iniciativa, outras vezes os empresários e os produtores rurais. Todos têm que ser parte do processo”, afirmou.
A TNC atuou em Paragominas e tem projetos em mais quatro municípios para acelerar a implementação do cadastro ambiental.
Para acelerar o cadastro, o governo assinou um total de R$ 37 milhões em convênios com a TNC, prefeituras e estados. Parte dos recursos virá do governo da Noruega e do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7).
Segundo Ana Cristina, o cadastramento viabiliza o cumprimento do Código Florestal pelos proprietários rurais. “O CAR mostra que é possível conservar. Ajuda a dar objetividade, porque mostra as propriedades, faz uma mapeamento do que se pode fazer. E a partir daí é possível dar escala.”
Uma nova versão do ranking de desmatadores só será divulgada em 2011. Nos municípios listados fica proibida a autorização para qualquer novo desmatamento e os produtores rurais estão sujeitos às restrições de crédito agrícola impostas pelo Conselho Monetário Nacional a quem tem irregularidades ambientais.
Confira a lista do 42 municípios que mais desmataram a Amazônia (em ordem alfabética)
Alta Floresta (MT) *
Altamira (PA)
Amarante do Maranhão (MA)
Aripuanã (MT)
Brasil Novo (PA)
Brasnorte (MT) *
Colniza (MT)
Confresa (MT) *
Cotriguaçu (MT) *
Cumaru do Norte (PA) *
Dom Eliseu (PA)
Feliz Natal (MT)
Gaúcha do Norte (MT)
Itupiranga (PA)
Juara (MT) *
Juína (MT) *
Lábrea (AM) *
Machadinho D'Oeste (RO) *
Marabá (PA)
Marcelândia (MT)
Mucajaí (RR)
Nova Bandeirantes (MT)
Nova Mamoré (RO) *
Nova Maringá (MT) *
Nova Ubiratã (MT) *
Novo Progresso (PA)
Novo Repartimento (PA)
Pacajá (PA)
Paranaíta (MT) *
Peixoto de Azevedo (MT) *
Pimenta Bueno (RO) *
Porto dos Gaúchos (MT) *
Porto Velho (RO)
Querência (MT) *
Rondon do Pará (PA) *
Santa Maria das Barreiras (PA) *
Santana do Araguaia (PA) *
São Félix do Araguaia (MT)
São Félix do Xingu (PA)
Tailândia (PA) *
Ulianópolis (PA)
Vila Rica (MT) *
* Municípios que conseguiram reduzir o desmatamento para menos de 40 km² em 2009.
Amazônia.org/Agência Brasil cípios vilões do desmatamento da Amazônia, que ontem (24) diminuiu com a saída de Paragominas (PA), deve ficar menor na próxima atualização. O governo registrou redução no desmatamento em 38 das 43 cidades do ranking.
Na contramão da queda do desmate está o município de Novo Progresso (PA), único da lista em que a derrubada aumentou entre 2008 e 2009. Em Altamira (PA) e Amarante (MA) o desmate ficou estável: não houve redução, mas os satélites também não registraram avanço das motosserras. Não foi possível comparar dados de dois municípios: Brasil Novo (PA) e Mucajaí (RR)
Dos 42 municípios que permanecem na lista, 22 conseguiram reduzir o desmatamento para menos de 40 quilômetros quadrados em 2009, uma das exigências para deixar o rol de devastadores. No entanto, as cidades não conseguiram alcançar o Cadastramento Ambiental Rural (CAR) de pelo menos 80% das propriedades.
O CAR fornece informações sobre o tamanho e o mapeamento da vegetação das propriedades, facilitando a identificação de quem está respeitando as regras ambientais, como a manutenção da reserva legal, por exemplo.
De acordo com a representante nacional da organização The Nature Conservancy (TNC), Ana Cristina Barros, os municípios têm dificuldades técnicas em implementar a ferramenta. “Algumas vezes os prefeitos lideram a iniciativa, outras vezes os empresários e os produtores rurais. Todos têm que ser parte do processo”, afirmou.
A TNC atuou em Paragominas e tem projetos em mais quatro municípios para acelerar a implementação do cadastro ambiental.
Para acelerar o cadastro, o governo assinou um total de R$ 37 milhões em convênios com a TNC, prefeituras e estados. Parte dos recursos virá do governo da Noruega e do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7).
Segundo Ana Cristina, o cadastramento viabiliza o cumprimento do Código Florestal pelos proprietários rurais. “O CAR mostra que é possível conservar. Ajuda a dar objetividade, porque mostra as propriedades, faz uma mapeamento do que se pode fazer. E a partir daí é possível dar escala.”
Uma nova versão do ranking de desmatadores só será divulgada em 2011. Nos municípios listados fica proibida a autorização para qualquer novo desmatamento e os produtores rurais estão sujeitos às restrições de crédito agrícola impostas pelo Conselho Monetário Nacional a quem tem irregularidades ambientais.
Confira a lista do 42 municípios que mais desmataram a Amazônia (em ordem alfabética)
Alta Floresta (MT) *
Altamira (PA)
Amarante do Maranhão (MA)
Aripuanã (MT)
Brasil Novo (PA)
Brasnorte (MT) *
Colniza (MT)
Confresa (MT) *
Cotriguaçu (MT) *
Cumaru do Norte (PA) *
Dom Eliseu (PA)
Feliz Natal (MT)
Gaúcha do Norte (MT)
Itupiranga (PA)
Juara (MT) *
Juína (MT) *
Lábrea (AM) *
Machadinho D'Oeste (RO) *
Marabá (PA)
Marcelândia (MT)
Mucajaí (RR)
Nova Bandeirantes (MT)
Nova Mamoré (RO) *
Nova Maringá (MT) *
Nova Ubiratã (MT) *
Novo Progresso (PA)
Novo Repartimento (PA)
Pacajá (PA)
Paranaíta (MT) *
Peixoto de Azevedo (MT) *
Pimenta Bueno (RO) *
Porto dos Gaúchos (MT) *
Porto Velho (RO)
Querência (MT) *
Rondon do Pará (PA) *
Santa Maria das Barreiras (PA) *
Santana do Araguaia (PA) *
São Félix do Araguaia (MT)
São Félix do Xingu (PA)
Tailândia (PA) *
Ulianópolis (PA)
Vila Rica (MT) *
* Municípios que conseguiram reduzir o desmatamento para menos de 40 km² em 2009.
Amazônia.org/Agência Brasil
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