segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Banco da Amazônia inova na homenagem à Virgem.


Segunda-feira, 12/10/2009, 11:48h
Foto: Everaldo Nascimento

Uma chuva de pétalas foi lançada em frente ao Banco da AmazôniaA bela composição “Nossa Senhora”, de Roberto Carlos, homenageando a Virgem Maria, ficou ainda mais emocionante na voz do cantor Agnaldo Timoteo, durante a passagem da berlinda de Nossa Senhora de Nazaré pela avenida Presidente Vargas, na procissão do Círio. Ainda, nos primeiros versos da canção, uma multidão de romeiros acompanhava cantando e levantando as mãos em direção à imagem.Uma cena emocionante.

O momento, indescritível, aconteceu em frente à sede do Banco da Amazônia, que trouxe o cantor mineiro para a série de homenagens que a instituição preparou à padroeira dos paraenses. Entre as ações inovadoras, a presença de cantores da terra, exposição temática no Espaço Cultural da instituição, paineis eletrônicos na fachada da sede do Banco, e outras manifestações internas.

BASÍLICA

Entre as novidades, o palco em frente ao Banco da Amazônia recebeu uma decoração temática baseada nos vitrais da Basílica Santuário de Nazaré. Novidade alusiva aos 100 anos do lançamento da pedra fundamental da Basílica. No palco, em frente ao Banco, participaram ainda 120 convidados, entre clientes, autoridades e parceiros da instituição. Entre eles estava o empresário Alaci Corrêa, proprietário dos supermercados Nazaré. “O Banco da Amazônia é o único banco nacional fundado na Amazônia, com a prioridade no Pará e nos clientes. Por causa disso, a instituição tem uma identificação maior com o Círio”, afirmou.

Desde a Trasladação, no sábado, o público pôde acompanhar uma projeção inédita de comunicação visual com painéis eletrônicos mostrando imagens da Virgem de Nazaré. O painel mostrou também, com muitas cores e luzes, o depoimento do ex-arcebispo metropolitano de Belém, dom Orani João Tempesta, atualmente à frente da Arquidiocese do Rio de Janeiro, além da mensagem do papa Bento XVI. Outra novidade foi o grande telão, que mostrava imagens da romaria em tempo real durante a procissão de domingo.

As atrações musicais foram o Coral Vozes da Amazônia, formado por servidores do Banco da Amazônia; pelo Grupo Anima, composto pelos cantores Alcir Meirelles, Daniel Araújo, Suelene e Nicinha, acompanhados do tecladista Edgar Matos e do contrabaixista Adelbert Carneiro; além de Agnaldo Timóteo que divulga o seu 50º disco, com repertório de cinco canções em homenagem à Virgem. “É a segunda vez que participo do Círio. A primeira foi há seis anos. Estou tendo a honra de pedir a benção de Nossa Senhora diante dessa multidão, além de agradecer a Deus pelos 44 anos de carreira e 73 de vida”, disse o cantor.

Homenagem dá cor e cheiro ao Círio

Além das músicas, outra surpresa aos fiéis. Com a aproximação da berlinda com a imagem peregrina, uma chuva de 300 quilos de pétalas, nas cores amarela e branca, trouxe um colorida à avenida. Enquanto isso, funcionários do banco distribuíram, gratuitamente, 100 mil ventarolas e dez mil portavelas ao público. Segundo o presidente do Banco da Amazônia, Abidias José Junior, a instituição sempre é uma das principais homenageadoras no Círio, por ter relevância na região e participar do desenvolvimento paraense. “Estamos há quatro meses preparando essa festa, feita pelos próprios bancários, na qual tivemos a visita da imagem peregrina ao banco e a missa de encerramento, celebrada por dom Vicente Zico”, enumerou.

Sobre a homenagem com as pétalas de rosas, Abidias disse que as flores têm um significado também sócio-ambiental, outra política da empresa. “É o quarto ano que o Banco utiliza pétalas porque não degrada o meio ambiente, além de exalar um aroma extremamente agradável e tornar ainda mais belo o visual das nossas homenagens”.

Para Evandro Bessa, diretor do Banco da Amazônia e coordenador geral da programação do Círio, o sucesso das homenagens deve-se ao planejamento. “Há alguns anos planejamos com bastante antecedência. Hoje, é só fazer as homenagens e receber as bênçãos”, garantiu. “A gente procura inovar, prestigiando a cultura paraense e nacional”.

“Começamos a planejar em fevereiro de 2009. E terminando essa etapa, já começamos o planejamento do ano que vem”, reforçou Luis Lourenço, gerente de Imagem e Comunicação da instituição. “A gente não mede esforços para prestar uma linda homenagem, muito pela importância que Nossa Senhora de Nazaré tem para o povo paraense. O clima é fraterno e o Banco da Amazônia está totalmente inserido na festa”, disse Eduardo Cunha, diretor de Análise e Reestruturação do banco.

Funcionários totalmente integrados

Das novidades apresentadas pelo Banco da Amazônia durante a Trasladação, a apresentação de Agnaldo Timóteo, com certeza, foi a que se sobressaiu. O mineiro emprestou sua voz às interpretações de hinos e cânticos religiosos voltados à festa nazarena. Também na véspera do Círio o cantor emocionou os milhares de fiéis que participavam do traslado da Santa, da Basílica Santuário até a Sé.

Para o maior conforto de seus funcionários e familiares, o Banco da Amazônia montou uma arquibancada exclusiva para o acompanhamento do Círio de Nazaré. O espaço foi destinado para 560 lugares e esteve localizado em frente ao banco, onde as pessoas com velas em mãos se emocionaram com a passagem da imagem peregrina. Na mesma arquibancada, o coral de funcionários do Banco participou com várias interpretações.

Ao lado de familiares, Graça Moraes, 57, renovava a fé na padroeira. “Na verdade, são onze anos que participava da organização das homenagens feitas pelo banco. A cada ano que passa fica mais bonito, mais organizado. É um momento mágico”, considerou. “Estou renovando as minhas esperanças e agradecendo as graças alcançadas no último ano”, disse Valberto Costa, 43. “É uma emoção muito grande, é uma das maiores festas religiosas do mundo”, opinou Cosme Dantas, 48, que acompanhava a procissão da Trasladação ao lado de filhos e esposa.

Memória afetiva é foco de exposição

Está aberta a Exposição “Outubro no Parque”, no Espaço Cultural do Banco da Amazônia. A exposição gratuita faz parte da homenagem da instituição à padroeira dos paraenses e mostra a importância do Círio de Nazaré por meio da memória afetiva, evocada pelos registros fotográficos de passeios aos parques, bosques e praças de Belém, que compõe, tradicionalmente, acervos familiares, enfocando a infância da maioria dos belenenses.

Estão expostos, também, brinquedos como pipas (papagaios), roques-roque, corrupios (cata ventos), ratinhos de papel machê, carrinhos de garrafa plástica, ioiôs, e outros produzidos, especificamente, para a exposição, por artesãos dos municípios de Vigia, Abaetetuba, Curuçá, São Miguel do Guamá e Belém (Icoaraci).

Fonte:(Diário do Pará)

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