segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Acre comemora o Dia da Micro e Pequena Empresa.

Juracy Xangai
04-Out-2009
É cada vez maior o número de brasileiras criando negócios de sucesso que geram emprego e renda para a população

Reconhecido como o povo mais empreendedor do mundo, os brasileiros têm facilidade para enxergar oportunidades e se preparam cada vez melhor para aplicar sua criatividade em negócios sustentáveis que contribuem para o desenvolvimento deste país que comemora nesta segunda-feira (05/10) o Dia da Micro e Pequena Empresa (MPE).

Os números mostram que as micro e pequenas empresas vêm sendo um fator importante para vencer a crise internacional e retomar os rumos do crescimento econômico e geração de empregos no campo, na cidade e na floresta.

No Acre, mais particularmente, os investimentos em obras públicas vem estimulando um visível crescimento e melhoria nos setores do comércio, indústria e serviços. A Junta Comercial registra a existência de 21.814 micros e 755 empresas de pequeno porte, elas representam 9 em cada dez empresas existentes no Acre. Segundo a Lei Geral (Lei complementar 123/2006), as MPE podem movimentar até R$ 240 mil por ano e as EPP um pouco mais de R$ 2 milhões.
Considerando que para cada empresa formalizada existe uma média de três empreendedores atuando de modo informal, haveriam no Acre pelo menos 72 mil pessoas trabalhando como camelôs, sacoleiros, costureiras, doceiras e atividades que ajudam a complementar a renda familiar.

Direitos e deveres - O problema é que estes empreendedores são prejudicados em seus direitos trabalhistas, previdenciários e até comerciais por não estarem devidamente legalizados. Para resolver isso é que entrou em vigor desde o último mês de junho a lei do Empreendedor Individual. “Além de legalizar seu negócio o empreendedor Individual passa a ter uma série de direitos como a de participar de licitações para vender às repartições públicas. Além disso, terá cobertura de oito benefícios da previdência social, inclusive, aposentadoria”, destaca Francisco Bezerra, responsável pelas Políticas Públicas do Sebrae no Acre.
Para isso, o empreendedor individual paga uma taxa equivalente a 11% do Salário Mínimo (R$ 51,15) por mês. Mais R$ 1 (um real) de ICMs mensal no caso de exercer atividade comercial ou industrial e R$ 5 (cinco reais) no caso de serviços.

Mais de 1.300 empreendedores individuais já fizeram seu cadastramento prévio no Sebrae no Acre, somente em sua sede de Rio Branco. O Sebrae no Acre está trabalhando em parceria com a Junta Comercial do Acre e Governo do Estado para viabilizar o registro simplificado no Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br) até o final deste ano.

Políticas Públicas - A criação de ambientes mais favoráveis à criação e ao desenvolvimento das MPE e EPP vêm sendo melhorada pela parceria permanente entre o Sebrae, governo do Estado, Federação e Associações Comerciais que atuam em todo os municípios do Acre. Atitudes positivas como as do governo do Estado, mais prefeituras de Rio Branco, Brasiléia e Mâncio Lima que já implementaram a Lei Geral das MPE’s, estimulando sua participação nas compras públicas, o que faz com que esse dinheiro gire mais na comunidade onde promove desenvolvimento econômico e social.

O resultado positivo da estabilidade econômica, diminuição gradativa das taxas de juros e impostos, além do aumento no consumo pelas classes C, D e E graças às políticas de distribuição de renda vem estimulando o surgimento e a sustentação dos pequenos negócios. Estimulados pelo governo federal, o Banco do Brasil e Caixa criaram linhas especiais de créditos a baixo custo para atender as micro, EPP e EI.

Tanto é assim que em 2002 de cada 100 empresas criadas no Brasil, 51 eram fechadas antes de completar dois anos, em 2005 de cada 100 novas empresas 78 sobreviveram ao mesmo período, e essa taxa de sobrevivência continua aumentando a cada ano.

A Revolução no Atendimento implementada pelo Sebrae tem feito com que um número crescente de empreendedores busquem orientação sobre gestão empresarial, financeira e de recursos humanos antes de criar ou logo após montar seu próprio negócio. Essa orientação, mais a elaboração de planos de negócio para orientar o funcionamento e crescimento futuro da empresa são fundamentais para a boa gestão que aumenta as chances de sucesso do empreendimento.



Erros e acertos
Empresária passou anos enfrentando dificuldades até encontrar o caminho do sucesso

Maria Antônia da Silva Lima recorda com tristeza os mais de 20 anos que passou equilibrando-se na corda bamba tentando tocar de improviso sua loja de confecções que funcionava na Galeria Meta.

“Eu sabia comprar e vendia muito bem, mas não conseguia controlar o fluxo de entrada e saída do dinheiro nem dos estoques. Além disso, coloquei a família toda dentro da empresa e tinha de dar conta de pagar os salários. Dessa maneira, assim que cobria um buraco aparecia outro gasto para cobrir. Vivi dessa maneira durante mais de 20 anos, mesmo assim ganhei muito dinheiro, mas o descontrole foi se agravando, se agravando e fui tendo de me desfazer do que havia ganhado, até que procurei ajuda do Sebrae”, recorda Maria Antônia.

Desanimada com o ramo das confecções, ela foi aconselhada pelos consultores do Sebrae que a atenderam, a buscar outro tipo de atividade que gostasse de fazer. “Fiz vários cursos do Sebrae pelo programa Brasil Empreendedor, participei de palestras e cheguei à conclusão de que me identificava com o ramo do embelezamento pessoal. Por isso fui aconselhada a me matricular no curso de cabeleireiro do Senac, foi onde me achei, já treinada busquei novamente a orientação do Sebrae para começar o negócio do jeito certo”.

Hoje, Maria Antônia é a feliz proprietária do salão de beleza Visual Perfeito que está localizado no anexo Mulheres Grif’s junto ao terminal ubano de Rio Branco. “Entendi que para ser uma boa profissional a gente tem de estudar o negócio e continuar aprendendo e se melhorando permanentemente. É um desafio que a gente vai vencendo a cada dia, por isso sou parceira do Sebrae, em nosso salão trabalha uma média de quatro a seis profissionais e o espaço já está pequeno para garantir o funcionamento de todos os serviços que podemos oferecer às nossas clientes. Elas buscam mais que serviços perfeitos, querem satisfação e no comércio, os clientes tem sempre razão!”




Alem do Pão
Dedicação e coragem foram os ingredientes pessoais do padeiro que trabalha para ter a melhor padaria do Acre

Há sete anos, Sebastião Queiroz da Costa começou a trabalhar como confeiteiro na padaria Bessa do Aviário e sua dedicação em aprender os vários segredos do ofício levaram o proprietário Nilson Bessa a convidá-lo, seis meses depois, para ser o gerente de produção da panificadora.
Em dois anos era o braço direito do patrão na administração dos negócios da empresa que tinha vários empreendimentos no ramo. “Foi uma experiência muito importante porque comecei debaixo e fui conhecendo como se fazia cada produtos e o funcionamento de todos setores das padarias”. (observar palavras grafadas em vermelho, foi realmente dito dessa forma? Caso não, há problemas de concordância)
No mundo dos negócios as mudanças são uma constante e é preciso estar bem preparado para sobreviver a todas elas, como esclarece Sebastião. “Quando o Bessa decidiu desativar a padaria do Aviário, fui para outra empresa onde as coisas não deram muito certo, mas ele construiu este prédio e me convidou para tocar a nova padaria junto com ele. Trabalhamos juntos pouco mais de um mês e no início de 2007 ele me perguntou se eu não queria alugar a padaria dele.

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