segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Economia paraense supera crise e já emite sinais de recuperação.


Belém 04 de Outubro de 2009 BUSCA:

EVANDRO FLEXA JÚNIOR
Da Redação

Na onda da crise mundial, que começa a apresentar visíveis sinais de recuo, a economia paraense também começa a driblar as dificuldades e já demonstra leve recuperação. O consumo interno vem sendo o fator determinante para reduzir os efeitos do colapso financeiro que repercutiu fortemente no mercado global.

Dados da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) mostram, por exemplo, que o volume de arrecadação do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), entre janeiro e agosto deste ano, sofreu variação positiva de 17,61% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) - principal fonte de arrecadação Estadual - se manteve no mesmo patamar em 2009, em comparação com os índices apurados no mesmo intervalo do ano anterior, com leve crescimento de 5,61%. Os resultados mostram que, mesmo com a crise, o consumo local não estagnou e a economia interna caminhou na contramão das exportações.

Os dados do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiepa (Federação das Indústrias do Pará) justificam o sentido inverso dos mercados interno e externo. Durante os oito primeiros meses deste ano, o Pará exportou 22,38% a menos, se comparado ao mesmo período do ano passado. Confrontados, os saldos da balança comercial do Estado de janeiro a agosto de 2008 em relação a 2009, será registrado um fechamento negativo da ordem de 24,40%. Nos quatro primeiros bimestres, o volume de exportações acumulado, em termos nominais, caiu de US$ 6,8 bilhões (2008) para US$ 5,2 bilhões (2009), uma perda de aproximadamente US$ 1,6 bilhão. Os números mostram ainda que o Pará, em 2008, tinha o segundo melhor saldo da balança comercial, dentre os demais Estados brasileiros, posição atualmente ocupada por Mato Grosso, restando ao Estado a terceira colocação. Os produtos minerais, item de elevado peso na balança comercial, foram os principais responsáveis pela queda no volume de exportações, resultado fruto da recessão do mercado internacional.

Já os mercados nacional e principalmente o local reagiram às estratégias do comércio. A população foi às compras, aproveitando alguns incentivos do governo federal, que reduziu impostos e facilitou o crédito. 'Nunca se vendeu tanto carro no Pará como nos últimos seis meses', afirma Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômi

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