Mensagem.
Dom Antonio
Carlos Rossi Keller
14/06/2012
Nota
Pastoral "Mais uma vez a questão do aborto"
DOM ANTONIO
CARLOS ROSSI KELLER
PELA GRAÇA
DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA
BISPO DE
FREDERICO WESTPHALEN (RS)
Nota
Pastoral
“Mais
uma vez a questão do aborto”
“Aquele,
portanto, que violar um só desses menores mandamentos e ensinar os homens a
fazerem o mesmo, será chamado o menor no Reino dos Céus. Aquele, porém, que os
praticar e os ensinar, esse será chamado grande no Reino dos Céus.” (São Mateus
5,19)
Caros
Diocesanos de Frederico Westphalen, irmãos e irmãs que compreendem o valor da
vida humana.
Mais uma vez
o Bispo Diocesano sente-se no dever, derivado de seu Ministério Episcopal, de
vir a público e manifestar-se em relação ao tema do aborto. Mais
especificamente, às veladas e covardes ações levadas a cabo por autoridades,
que deveriam zelar pela defesa da vida, mas que “na calada da noite” estão
empenhadas em implantar a prática do aborto em nossa Pátria, passando por cima
da vontade da grande maioria da população que é contrária a esta prática.
Poucos dias
atrás, os jornais “Folha de São Paulo”, “O Estado de São Paulo” e “Correio
Brasiliense”, traziam, em suas primeiras páginas, notícias de ações que visam,
na prática a implantação do aborto no país.
Somente a
título de exemplo, para justificar esta preocupação em relação à introdução
velada da prática do aborto, cito, em primeiro lugar “A Folha de São Paulo”. Em
reportagem de capa afirmava que, segundo o secretário de Atenção à Saúde do
Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães: O SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO PASSARÁ
A ACOLHER AS MULHERES QUE DESEJAM FAZER ABORTO E ORIENTÁ-LAS SOBRE COMO USAR
CORRETAMENTE OS MÉTODOS EXISTENTES PARA ABORTAR. CENTROS DE ACONSELHAMENTO
INDICARÃO QUAIS SÃO, EM CADA CASO, OS MÉTODOS ABORTIVOS MAIS SEGUROS DO QUE
OUTROS.
A Folha
afirmava ainda que o modelo será copiado do Uruguai, que o adota desde o ano de
2004.
A PROPOSTA,
diz a FOLHA, FOI ABORDADA NA ÚLTIMA SEMANA DE MAIO PELA MINISTRA ELEONORA
MENICUCCI, QUE AFIRMOU 'SOMENTE SER CRIME PRATICAR O PRÓPRIO ABORTO, MAS QUE O
GOVERNO ENTENDE QUE NÃO É CRIME ORIENTAR UMA MULHER SOBRE COMO PRATICAR O
ABORTO'.
Depois de
orientada sobre como praticar o aborto, uma vez consumado o delito, a mulher
passaria por uma nova consulta para evitar maiores conseqüências pós aborto.
Ainda segundo a Folha, PARA OS QUE DESENVOLVERAM A POLÍTICA, ELA NÃO SÓ É UMA
ATITUDE LEGAL, COMO É ÉTICA E DE DIREITO HUMANO BÁSICO.
É preciso
recordar que a matéria veiculada pela “Folha de São Paulo” traz dados
inverídicos em relação aos números do aborto do Brasil. A “Folha” acolhe os
números do governo, que afirma que há mais de um milhão de abortos por ano, no
Brasil. Os números reais são bem outros. Hoje, no Brasil, acontecem cerca de
cem mil abortos por ano, e este número está diminuindo pouco a pouco. Isto é o
que pode se concluir dos próprios dados do Ministério da Saúde, que mostram que
o número de internações por aborto no Brasil, nos últimos quatro anos, está
diminuindo à taxa de 12% ao ano, todos os anos. Na matéria veiculada pelo
jornal paulistano, não são apresentados os números reais, por exemplo, das
internações por razões de aborto. Ao afirmar que são cerca de duzentas mil as
internações por causa do aborto, o jornal não leva em consideração que destas
duzentas mil, cerca de cinquenta mil são por causa do aborto provocado. As outras
cento e cinquenta mil são devidas ao aborto espontâneo. Ou seja, há um
propósito do governo, secundado pela “Folha de São Paulo” em inflar os números
do aborto...
Há uma
“Pesquisa Nacional do Aborto”, levada a cabo pela Universidade de Brasília em
conjunto com a ANIS, que revela números mais reais: No Brasil, de cada duas
mulheres que provocam o aborto, uma é internada. Portanto, se há cinquenta mil
internações por ano por aborto provocado, isto significa que são realizados cem
mil abortos por ano e não o milhão e meio de abortos provocados, números estes
anunciados pelas autoridades.
A realidade
mostra não só que os números dos que são contrários ao aborto, entre a
população brasileira, estão aumentando. Mas que também as brasileiras estão
abortando cada vez menos, no Brasil. Esta é a realidade dos números.
A Matéria de
“O Estado de São Paulo”, por sua vez, trata da elaboração, por parte do
Ministério da Saúde e de um “grupo de especialistas” de uma “cartilha” que tem
como finalidade orientar as mulheres que desejam abortar. “A INTENÇÃO É
FECHARMOS O MATERIAL DE ORIENTAÇÃO EM, NO MÁXIMO, UM MÊS", AFIRMOU O
COORDENADOR DO GRUPO DE ESTUDOS SOBRE O ABORTO DA SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O
PROGRESSO DA CIÊNCIA (SBPC), THOMAZ GOLLOP. O FORMATO FINAL DO PROGRAMA SERÁ
DEFINIDO PELO MINISTÉRIO. A CARTILHA CONTERIA, POR EXEMPLO, INFORMAÇÕES PARA
MULHER ESCOLHER O LUGAR DO PROCEDIMENTO".
Já o
“Correio Brasiliense” noticiava que ao longo do mês de junho uma comissão de
trabalho se reunirá com os técnicos do Ministério da Saúde para formular uma
norma técnica que servirá de base para um programa de aconselhamento para
mulheres com gravidez indesejada. Além disso, o Correio informa que o
Ministério da Saúde tem a intenção de liberar a venda de remédios abortivos,
hoje de uso reservado à rede hospitalar. Desta maneira, os médicos poderão
orientar as mulheres sobre como praticar o aborto seguro e os medicamentos
necessários estarão nas farmácias amplamente disponíveis para o público.
Interessante
que no decorrer de poucos dias, aparece como que uma onda gigantesca em setores
do atual governo a favor, em última instância, do aborto, veiculada por grandes
e importantes jornais do país.
Muito mais
interessante e importante, seria recordar o compromisso que a atual presidente
da República assinou, no dia 16 de outubro de 2010, durante a campanha
eleitoral, declarando que: "SOU PESSOALMENTE CONTRA O ABORTO E DEFENDO A
MANUTENÇÃO DA LEGISLAÇÃO ATUAL SOBRE O ASSUNTO. ELEITA PRESIDENTE DA REPÚBLICA,
NÃO TOMAREI A INICIATIVA DE PROPOR ALTERAÇÕES DE PONTOS QUE TRATEM DA
LEGISLAÇÃO DO ABORTO E DE OUTROS TEMAS CONCERNENTES À FAMÍLIA E À LIVRE
EXPRESSÃO DE QUALQUER RELIGIÃO NO PAÍS. [...] COM ESTES ESCLARECIMENTOS, ESPERO
CONTAR COM VOCÊ PARA DETER A SÓRDIDA CAMPANHA DE CALÚNIAS CONTRA MIM
ORQUESTRADA".
Assim,
apesar de todas as negativas e desculpas, o que se vê, concretamente, é um
encaminhamento por baixo dos panos de medidas que visam pura e simplesmente, a
prática livre do aborto, já que o grupo que está elaborando, junto com o
Ministério da Saúde a nova Norma Técnica que pretende criar em todo o país
centros de orientação sobre o aborto, liberalizar a venda de drogas abortivas
na rede nacional de farmácias e difundir uma cartilha que ensine as mulheres
como e onde praticarem o aborto é exatamente o mesmo Grupo de Estudos sobre o
Aborto, coordenado pelo mesmo médico Thomas Gollop, cujo convênio com o
Ministério da Saúde estava sendo contratado pelo governo enquanto a atual
presidente, na época candidata garantia que jamais promoveria o aborto no
Brasil.
Ou seja,
hoje, em nossa Pátria está acontecendo na prática um verdadeiro ataque que visa
obter à revelia da atual legislação e da imensa maioria do povo brasileiro, a
pura e simples liberalização do aborto. Há anos nosso país vem sendo alvo
destes ataques, já que há muito dinheiro investido por organizações
estrangeiras para obter, por razões ideológicas e de cunho geopolítico, a pura
e simples liberalização do aborto no Brasil e demais países da América Latina.
É preciso
reagir a esta sanha abortista, que navega de velas soltas, alimentada por
interesses desumanos, e que contraria o desejo da imensa maioria do povo
brasileiro. Calar-se, fingir que o problema não existe e desvincular-se de uma
ação de reação a esta sanha, é covardia e traição aos princípios mais
elementares da fé cristã que professamos.
Escrevo esta
“Nota Pastoral” ainda sob o efeito da tristeza pelo falecimento de Dom Luiz
Gonzaga Bergonzini, Bispo Emérito de Guarulhos (SP), um digno e combativo Bispo
da Santa Igreja Católica, que enfrentou com coragem e destemor até mesmo
perseguições e calúnias, por sua intransigente defesa da vida.
Há dias, do
leito do hospital, Dom Bergonzini escrevia: “Se Ele determinar que eu continue
por aqui, todos daremos as mãos e seguraremos nas mãos de Deus para, juntos,
combatermos as iniquidades e propagarmos o Evangelho por todos os telhados... e
por todos os meios existentes”.
Deus
determinou outra coisa, e este seu servo certamente já goza da visão beatífica.
Sua dedicação em defesa da vida deve servir-nos de alento neste combate
exigente.
Sabedores de
que o aborto é um pecado gravíssimo contra Deus e contra a humanidade, venho
apresentar algumas indicações práticas, no sentido de que se busque reagir
contra esta imposição por parte das autoridades que deveriam cuidar e promover
a vida. É preciso frear estes ataques à vida humana. Tais indicações são
oferecidas pela Comissão de Defesa da Vida, do regional Sul 1 da CNBB (São
Paulo) e enquadram-se no direito que todos nós, católicos temos, como cidadãos
deste país, em nos manifestar.
1. Telefonar, enviar fax e mensagens ao
Ministério da Saúde e à Casa Civil da Presidência, mostrando com clareza, ao
Ministério da Saúde e à Casa Civil da Presidência que o povo brasileiro
compreende exatamente o que nosso governo está fazendo e não está de acordo com
a implantação do aborto no país.
2. Pedir em
seguida (e isto é importante, já que são aqueles que estão à frente destas
ações de violência à vida):
(A) A
DEMISSÃO IMEDIATA DA MINISTRA ELEONORA MENICUCCI DA SECRETARIA DAS MULHERES.
(B) A
DEMISSÃO IMEDIATA DO SECRETÁRIO DE ATENÇÃO À SAÚDE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE,
HELVÉCIO MAGALHÃES.
(C) O
ROMPIMENTO IMEDIATO DOS CONVÊNIOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE COM O GRUPO DE ESTUDO
E PESQUISA SOBRE O ABORTO NO BRASIL.
Os contatos
para estas manifestações são os seguintes:
- CASA CIVIL
DA PRESIDÊNCIA: GLEISI HELENA HOFFMANN, MINISTRA-CHEFE DA CASA CIVIL
TELEFONES:
(61) 3411-1573, 3411-1935, 3411-5866, 3411-1034
FAX: (61)
3321-1461, 3322-3850
MAILS: casacivil@presidencia.gov.br
- MINISTÉRIO
DA SAÚDE: ALEXANDRE PADILHA , MINISTRO DA SAÚDE
TELEFONES:
(61) 3315-2392, (61)3315-2393, (61) 3315-2788, (61) 3315-9260, (61) 3315-9262
FAXES: (61)
3224-8747, (61) 3315-2680, (61) 3315-2816
MAILS:
ministro@saude.gov.br
- SECRETÁRIO
DE ATENÇÃO À SAÚDE: HELVÉCIO MIRANDA MAGALHÃES
TELEFONES:
(61) 3315-2626 3315-2133
FAX: (61)
3225-0054
MAIL: helvecio.junior@saude.gov.br
Que Nossa
Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, abençoe nossa Pátria e nos
livre da praga do Aborto.
Frederico
Westphalen, 13 de junho de 2012.
Festa
Litúrgica de Santo Antonio
Padroeiro da
Catedral Diocesana
+ Antonio
Carlos Rossi Keller
Bispo de
Frederico Westphalen
PENSAMENTO DE BENTO XVI É
PROMOVIDO NA POLÔNIA.
Cardeal
Tarcisio Bertone inaugura Centro de Estudos Joseph Ratzinger
Pe. Mariusz
Frukacz
ROMA,
segunda-feira, 18 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Com a participação do
Secretário de Estado vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, dos membros do
episcopado polonês e de representantes da cultura e da ciência, foi inaugurado
na cidade polonesa de Bydgoszcz, neste 11 de junho, o Centro de Estudos Joseph
Ratzinger.
A
inauguração foi acompanhada por uma conferência internacional sobre a encíclica
Caritas in veritate, ao mesmo tempo em que era celebrada a XXV Jornada Social
em Bydgoszcz.
O objetivo
da fundação é dar continuidade ao pensamento teológico de Bento XVI, para
difundir a doutrina social da Igreja e refletir sobre os modernos desafios
pastorais e sociais.
"A
abertura deste centro para o estudo do pensamento de Ratzinger é um marco
importante não só na história da universidade Kujawy e Pomorze e na história de
Bydgoszcz, mas na história de toda a Polônia", disse Bertone.
O Secretário
de Estado comentou que "o centro iniciou suas atividades refletindo sobre
a caridade, valor mais alto de todos e base de todas as virtudes. A caridade
leva as pessoas a lutar com coragem e abnegação pela justiça e pela paz".
Uma das
funções do novo centro é contribuir para estimular a comunidade acadêmica a
encarar novos desafios. O cardeal afirmou que "a universidade deve sempre
ser capaz de fazer perguntas, como fez o papa Bento XVI: ‘será verdade o que
dizem aqui? Se é verdade, como ela me afeta? E como se aplica?’ ".
O secretário
de Estado destacou que "a Igreja não tem medo de falar das grandes
questões humanas, que se relacionam com a verdade e com o futuro. Entre essas
perguntas, temos também as que se relacionam com a economia".
O cardeal
explicou que "a reflexão sobre a ética e a economia precisa colocar o
homem no centro, para avaliar o progresso da sociedade".
No final do
seu discurso, Bertone destacou que a dignidade humana é reconhecida à luz da fé
e da razão, dois faróis para a ciência social e no pensamento de Joseph
Ratzinger.
Para o bispo
de Bydoszcz, dom Jan Tyrawa, o novo centro será um lugar de construção da
cultura, que promoverá a compreensão e o estudo da teologia de Joseph
Ratzinger, organizando conferências e dando destaque ao prêmio "Master de
Ratzinger".
O centro tem ainda o objetivo de coordenar e aumentar a
cooperação entre universidades polonesas e estrangeiras.
(Tradução:ZENIT)
CONTINUA O DERRAMAMENTO DE
SANGUE CRISTÃO NO NORTE DA NIGÉRIA.
31
mortos em atentados contra cinco igrejas
Godonu
Anthony Gbenayon
ROMA,
segunda-feira, 18 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Os cristãos do norte da
Nigéria continuam sendo sacudidos pelas explosões das bombas dos jihadistas
islâmicos do grupo Boko Haram. Neste domingo, cristãos que estavam em cinco
igrejas do estado de Kaduna foram atacados a bomba quando se reuniam para
exercer a liberdade religiosa no culto de domingo, o que resultou em pelo menos
31 mortos e vários feridos.
A agência de
gestão de emergências nacionais, NEMA, afirmou que duas das explosões ocorreram
nos distritos de Wusasa e Sabon Gari de Zaria. “Houve dois ataques simultâneos
com bombas contra igrejas em Nassarawa e Barnawa, ao sul de Kaduna, na manhã de
hoje. Ainda estamos reunindo informações sobre as vítimas”, disse o porta-voz
da NEMA em Kaduna, Aliyu Mohammed. Uma terceira explosão aconteceu na cidade de
Kaduna, capital do estado.
Wusasa é o
lugar em que foi construída a primeira igreja do norte da Nigéria. Dados não
confirmados da agência AFP afirmam que houve explosões contra duas outras
igrejas do estado, elevando o total a cinco. Entre as igrejas afetadas está a
catedral católica de Cristo Rei e a igreja da Boa Nova, em Kaduna.
Uma mulher
ferida na igreja de Wusasa, que está hospitalizada, relata que “muita gente na
igreja ficou ferida, mas não vi mortos”.
“Fui até a
igreja, mas não pude chegar perto por causa dos policiais e militares que
estavam lá”, disse a AFP o residente Mahmud Hamza. “De onde eu estava, vi a
igreja completamente destruída, ainda pegando fogo. É claro que tinha mortos,
por causa da dimensão dos estragos e do fogo”.
Outros
residentes falaram de corpos arrastados para fora das ruínas e relataram que
duas bombas no sul da cidade provocaram protestos nas ruas, por parte de jovens
cristãos. A multidão teria feito barricadas em Trijania, Gonin Gora e Sabon
Tasha, atacando os motoristas que parecessem muçulmanos.
É o terceiro
domingo em que cristãos são assassinados enquanto celebram o culto em suas
igrejas. O Boko Haram reivindicou os atentados, em sua campanha pela adoção da
lei islâmica na Nigéria, especialmente na parte norte.
O governo
federal parece ter perdido a noção de como enfrentar os incessantes atentados
contra cristãos por parte dos jihadistas islâmicos, dado que pouco ou nada foi
feito desde o atentado a bomba de dezembro do ano passado, quando muitos mortos
e feridos ensanguentaram as celebrações de natal.
(Tradução:ZENIT)
MANIFESTAÇÃO NA POLÔNIA E
EM BRUXELAS PARA DEFENDER O DIREITO DE TV CATÓLICA.
Tv trwan
pede o direito de transmissão na plataforma digital
ROMA,
segunda-feira, 18 de junho de 2012(ZENIT.org) A história de como forças
políticas e ideológicas dominantes na Polônia, reduzem a liberdade de
informação procurando limitar a transmissão da única rede de TV católica do
país é pouco conhecida.
Infelizmente,
a cristofobia parece estar na moda no mundo liberal-radical da mídia, porque,
como dizia o professor de comunicação Henry Jenks, o novo anticatolicismo
continua o único preconceito aceitável.
Mas o que
realmente acontece na Polônia? Recordemos os fatos:
Em 19 de
dezembro de 2011 o Conselho Nacional de Radio e Televisão Polonesa (em polonês
KRRiT) não concedeu à única TV católica do país um espaço na plataforma digital
que, a partir de 2013 garante aos poloneses o acesso gratuito a uma série de
emissoras de TV.
Janeiro de
2012, a Fundação Lux Veritais, propritária da TV Trwam, recorreu contra esta
decisão no Tribunal administrativo de Varsavia.
Em 30 de
janeiro de 2012, o partido Direito e Justiça (PIS) de Jaroslaw Kaczynski, morto
tragicamente em um acidente aéreo, apresentou uma ação no Tribunal do Estado e
a alguns membros do Conselho Nacional de Rádio e Televisão (KRRiT).
Enquanto
isso, os deputados poloneses no Parlamento Europeu: Miroslaw Piotrowski,
histórico, professor da Universidade Católica de Lublino e Zbigniew Ziobro,
ex-ministro da justiça, junto a outros parlamentares do partido “Polônia
Solidária” e “Direito e Justiça” apresentaram um pedido à Comissão Européia,
questionando o que poderia ser feito para garantir a transparência no processo
de concessão de freqüência na plataforma digital, e para o respeito ao
princípio de igualdade dos intervenientes no mercado polonês dos meios de
comunicação.
Segundo o
professor Protrowski, a decisão do KRRiT vai contra o respeito dos valores
fundamentais da União Européia, dentre os quais o princípio da não
discriminação por motivos religiosos.
O deputado
Ziobro; exigindo a mudança da injusta e danosa decisão do KRRiT, destacou que
“não é aceitável que uma instituição estatal descrimine uma emissora católica,
que tem um posicionamento consolidado, é estimada e respeitada, e cuja
programação enriquece o telespectador com uma visão da vida inspirada nos
ensinamentos morais e sociais da Igreja.
A sociedade
polonesa não aceitou a injusta decisão. Mais de dois milhões de pessoas
assinaram uma petição contra a decisão do Conselho Nacional de Rádio e Televisão.
Diante dos
protestos populares os representantes do KRRiT responderam de modo insolente
afirmando que cartas de protesto não contam.
Em defesa da
TV Trwam muitas empresas se uniram, incluindo a Associação dos Jornalistas
Católicos Polacos. No comunicado por eles enviado lê-se: “a negação do espaço
na plataforma digital à única televisão católica está em contradição com o
princípio do estado democrático: a liberdade da palavra, o pluralismo de
opinião e a liberdade de expressão; o mesmo acesso para todos os meios técnicos
que permitem expressar as diversas opiniões”.
A
conferência episcopal polaca preparou um apelo destacando que a exclusão de uma
emissora de caráter religioso infringe o principio do pluralismo e da igualdade
perante a lei.
O Bispo emérito
de Lomza, Dom Stanislaw Stefanek, lembrou que as mais de dois milhões de
assinaturas em defesa da Televisão Trwam demonstram que a “nossa sociedade está
acordando e cresce no senso de responsabilidade”.
A não
abertura das autoridades polonesas a qualquer protesto dos cidadãos terminou
por mudar a luta pelo pluralismo midiático da Polônia para Bruxelas: dia 5 de
junho um grupo de políticos polacos organizou no Parlamento Europeu, o assim
chamado “public hearing”, um debate publico, com o escopo de mostrar aos
parlamentares e jornalistas europeus a história da discriminação da única
televisão católica na Polônia.
O principal
organizador do debate, professor Miroslaw Piotrowski, disse que: “o tratado de
Lisboa deu à Polônia a cidadania UE, agora os problemas poloneses são
resolvidos não apenas na Polônia, mas também a nível europeu.
Em
entrevista ao jornal polaco “Niedziela” (O domingo),o Sr Tadesz Rydzyk, diretor
da TV católica, lembrou que o ex-presidente Alesander Kwasniewski, comentando
sobre o caso da televisão católica Kwasniewski, disse: "se eu estivesse
ainda no poder, os padres redentoristas (emissores da Rádio Maria, e a TV Trwan
depende da província polaca dos redentoristas) teriam recebido o justo espaço
na plataforma digital. Mesmo eu pessoalmente não assistindo à TV Trwam, em uma
sociedade pluralista também esta TV teria seu lugar”.
Deveria ser
objeto de reflexão que o ex-chefe da juventude comunista e ex-presidente
comunista da Polônia, possa dar lição de democracia aos governantes polacos.
(Tradução:MEM)
O PAPA EM AUDIÊNCIA COM O
PRESIDENTE DA 66ª ASSEMBLÉIA GERAL DA ONU.
Ao centro do
diálogo: o papel da ONU nas resoluções dos conflitos no mundo, especialmente na
África e no Oriente Médio
CIDADE
DO VATICANO,
sexta-feira, 15 de junho de 2012(ZENIT.org) – Esta manhã o Santo Padre recebeu
em Audiência o Sr. Nassir Abdulaziz Al-Nasser, presidente da 60ª Assembléia
Geral da ONU -Organização das Nações Unidas.
Após o
encontro com o Santo Padre, o senhor Al-Nasser encontrou o Secretário de
Estado, sua eminência Card. Tarcisio Bertone, acompanhado de Dom Dominique
Mamberti, Secretário das Relações com os Estados.
O cordial
encontro teve como tema central o papel da Organização das Nações Unidas,
particularmente a Assembléia Geral, nas resoluções dos conflitos, sobretudo na
África e no Oriente Médio, e as graves situações de emergência humanitária que
ali se seguem.
Em seguida
destacou-se a importante contribuição da Igreja Católica para a paz e o
desenvolvimento, bem como a importância para a cooperação entre as religioes e
culturas.
MEM.
"NÃO POSSO FICAR EM
SILÊNCIO. PODEM ME MATAR AMANHÃ".
Asma
Jahangir: quando os extremistas temem os direitos humanos
*Valentina
Colombo
ROMA,
sexta-feira, 15 de junho de 2012(ZENIT.org) - "Eu não posso ficar em
silêncio. Eles poderiam me matar amanhã [...] Um assassinato assim não é
projetado nos níveis baixos, mas nos níveis mais altos do poder".
Quem fala é
a paquistanesa Asma Jahangir, a primeira mulher a dirigir a Associação de
Advogados da Corte Suprema do Paquistão. Ela já se mostrou muitas vezes
contrária à ordem hudud, que é o direito penal islâmico, e contra a lei da
blasfêmia.
Jahangir é
uma das mulheres mais corajosas e diretas do mundo islâmico. Educada em escolas
católicas, é conhecida por defender os direitos das minorias. Este compromisso
lhe rendeu infindáveis ameaças de morte de extremistas islâmicos, que a
consideram apóstata.
De 2004 a
2010, foi relatora especial da ONU sobre questões de liberdade religiosa, é uma
das fundadoras da Comissão de Direitos Humanos do Paquistão e sempre combateu a
discriminação e a violência contra as mulheres.
As posições
de Jahangir são claras e não dão espaço para dúvidas. Em março de 2010, durante
um encontro sobre mulheres e religião nas Nações Unidas, em Genebra, ela
afirmou que "quando se trata de direitos das mulheres, não podemos usar
‘se’ e ‘mas’, em nome de religião nenhuma, porque estamos falando de direitos
humanos universais".
Não é uma
afirmação banal para uma paquistanesa. É um desafio ao governo que durante meio
século se manteve ao lado do radicalismo islâmico. Desde 1977, o Paquistão tem
assistido a um processo de islamização que redundou em uma legislação
discriminatória contra as mulheres.
A chamada
ordem hudud, que é o sistema penal islâmico, assim como a lei da prova
judicial, segundo a qual o testemunho de uma mulher vale a metade do testemunho
de um homem, são uma pequena mostra dessa discriminação. E em caso de violência
sexual, se não houver testemunhas, a mulher é que é condenada por adultério.
Embora o
Paquistão tenha assinado em 1996 a CEDAW (Convenção sobre a Eliminação da
Discriminação contra a Mulher), o governo manteve reservas quanto aos pontos em
conflito com a sharia. Em outras palavras, manteve a discriminação contra as
mulheres tal como ela é prevista na lei islâmica.
Num contexto
como esse, uma ativista como Asma Jahangir está evidentemente em situação
bastante desconfortável. Mesmo nunca tendo renunciado à sua fé, Jahangir é um
alvo do extremismo islâmico local que a vê como uma apóstata. Sua batalha
contra a lei da blasfêmia, ao lado do governador do Punjab, Salman Taseer,
certamente não melhorou estas condições.
Justamente
por causa do assassinato de Taseer, em janeiro de 2011, Jahangir aproveitou a
oportunidade para lançar um premente apelo e para acusar o governo do Paquistão
de conivência com os extremistas islâmicos. “Não só mataram Salman Taseer, como
ainda por cima foram justificar o assassinato na televisão”.
O próprio
ministro paquistanês do Interior afirmou que, se alguém blasfemasse em sua
presença, ele mesmo o mataria. Mas Salman Taseer nunca disse nada de blasfemo.
Ele simplesmente afirmou que a lei devia ser revista.
Esta é uma
acusação muito específica contra um governo que não consegue se distanciar do
radicalismo islâmico, que não tem a coragem de transportar o país para a
modernidade.
Diante fatos
assim, não é nenhuma coincidência que a mais recente ameaça contra Jahangir
tenha vindo dos serviços de inteligência paquistaneses, que sempre mantiveram
uma relação no mínimo ambígua com os ambientes islâmicos mais radicais.
Enquanto os extremistas islâmicos a difamam como apóstata, a imprensa
pró-governo a acusa de ser uma traidora filo-indiana.
É óbvio que a
vida da corajosa advogada corre grave perigo. O apelo para sensibilizar a
opinião pública e as instituições internacionais é, portanto, essencial, a fim
de que o governo paquistanês não seja apenas obrigado a prestar contas de
qualquer ação violenta contra Jahangir, mas também se comprometa com um
processo de reforma interna, começando pelo sistema educativo das madrassas,
objetivando melhorar o status da mulher em particular e das minorias em geral.
Se o mundo
quer que vozes como a de Asma Jahangir continuem denunciando as violações dos
direitos humanos, precisa se lembrar todos os dias de que estas vozes só irão
sobreviver se forem conhecidas e protegidas internacionalmente.
*Valentina
Colombo (Cameri, Novara, 1964) é professora de Cultura e Geopolítica do Islã na
Universidade Européia de Roma e membro sênior da Fundação Européia para a
Democracia (Bruxelas). É presidente da "Vencer o medo" para a
liberdade religiosa e a liberdade de expressão. Escreveu vários artigos e
textos sobre o mundo árabe-islâmico e é o tradutora do Prêmio Nobel de
Literatura, Naguib Mahfouz e de muitos outros autores árabes, clássicos (Jahiz
e Hamadhani) e contemporâneos (Bayyati, Qabbani, Adonis). Sua pesquisa se
concentra especialmente nos intelectuais liberais árabes e o papel das mulheres
nos processos de democratização no Oriente Médio.
(Tradução:ZENIT)
Nota Pastoral
Tendo em
vista algumas notícias que mais uma vez andaram circulando na mídia através de
jornais como "Folha de São Paulo", "O Estado de São Paulo"
e "Correio Brasiliense", que traziam, em suas primeiras páginas,
notícias de ações que visam, na prática a implantação do aborto no país, o
Bispo Diocesano de Frederico Westphalen (RS) , Dom Antonio Carlos Rossi Keller
escreveu uma nota pastoral afim de orientar o povo e esclarecer os fatos
noticiados.
Cleofas.com
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