sexta-feira, 8 de junho de 2012

NOTÍCIAS > PAPA E SANTA SÉ.


Bento XVI: Não há futuro para a humanidade sem a família.
Constituída sobre o matrimônio entre homem e mulher.

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Na audiência geral desta quarta-feira, o Papa Bento XVI assinalou que não há futuro para a humanidade sem a família constituída sobre o matrimônio entre um homem e uma mulher, chamada a ser Igreja doméstica e santuário da vida.

O Santo Padre recordou assim sua recente viagem a Milão (Itália) para o 7º Encontro Mundial das Famílias celebrado entre os dias 30 de maio e 3 de junho sob o lema "A família, o trabalho e a festa".

Em relação ao evento, Bento XVI afirmou aos presentes: "ainda levo em meus olhos e em meu coração as imagens e as emoções deste evento inesquecível e maravilhoso, que transformou Milão em uma cidade das famílias: famílias provenientes de todo o mundo, unidas pela alegria de acreditar em Jesus Cristo".

Depois de agradecer aos participantes pela sua disposição para serem testemunhas do "Evangelho da Família", o Papa ressaltou que "não há futuro para a humanidade sem a família; especialmente os jovens, para aprender os valores que dão sentido à existência, têm necessidade de nascer e crescer nessa comunidade de vida e de amor que Deus quis para o homem e a mulher".

Recordando sua visita ao teatro Scala de Milão, o Papa afirmou que "ao final daquele intenso momento artístico e espiritual, quis fazer referência à família do terceiro milênio, recordando que, em família se experimenta pela primeira vez como a pessoa humana não foi criada para viver fechada em si mesma, mas em relação com outros; é em família que se começa a acender no coração a luz da paz para que ela ilumine este nosso mundo". 

"No dia seguinte, na catedral cheia de sacerdotes, religiosos e seminaristas, na presença de numerosos cardeais e bispos, vindos a Milão de diversos Países de todo o mundo, celebrei a Hora Média, segundo a liturgia ambrosiana. Ali quis fazer insistência no valor do celibato e da virgindade consagrada, tão queridas ao grande Santo Ambrosio".

O Santo Padre ressaltou que "o celibato e a virgindade na Igreja são um sinal luminoso do amor a Deus e ao próximo, que parte de uma relação sempre mais íntima com Cristo na oração e se expressa no dom total de si mesmo".

O Papa também se referiu a seu encontro com os jovens no estadio Giuseppe Meazza onde se encontrou com os crismandos e os convidou a "dizer um ‘sim’ livre e consciente ao Evangelho de Jesus, aceitando os dons do Espírito Santo, que permitem a formação dos cristãos, a viver o Evangelho e ser membros ativos da comunidade. Animei-os a estarem comprometidos, em particular no estudo e no serviço generoso ao próximo".

Sobre a festa dos testemunhos no Parque Bresso, o Pontífice recordou algumas das palavras que disse sobre temas complicados do nosso tempo como "a crise econômica, a dificuldade de conciliar o tempo do trabalho com o da família, a difusão das separações e divórcios, assim como as interrogantes existenciais que afetam adultos, crianças e jovens".

"Aqui queria recordar o que disse em defesa do tempo para a família, ameaçado por uma espécie de ‘prepotência’ dos compromissos de trabalho: o domingo, o dia do Senhor e do homem, é um dia no qual todos devem ser livres, livres para a família e livres para Deus. Defendendo o domingo, defende-se a liberdade do homem!"

Sobre a Missa de encerramento no domingo 3 de junho, Bento XVI recordou que dirigiu um chamado a "construir comunidades eclesiais, que sejam cada vez mais, ‘família’, capazes de refletir a beleza da Santíssima Trindade e de evangelizar, não só com a palavra mas também por ‘irradiação’, com a força do amor vivido, porque o amor é a única força que pode transformar o mundo".

"Além disso, fiz insistência na importância da ‘tríade’ da família, do trabalho e da festa. Três dons de Deus, três dimensões de nossas vidas, que precisam encontrar um equilíbrio harmônico para construir sociedades com um rosto humano".

O Papa sublinhou logo que "o Encontro Mundial de Milão foi uma eloqüente ‘epifania–manifestação’ da família, que se mostrou em suas diversas expressões, assim como também na unicidade de sua identidade substancial: a de uma comunhão de amor, fundada sobre o matrimônio e chamada a ser santuário da vida, pequena Igreja, célula da sociedade".

"Desde Milão foi lançado ao mundo uma mensagem de esperança, substanciada com experiências vividas:que é  possível e alegre, embora difícil, experimentar o amor verdadeiro, o amor "para sempre", aberto à vida; que é possível participar como família na missão da Igreja e na construção da sociedade".

Para concluir o Papa Bento XVI fez votos para que, graças à ajuda de Deus e à especial proteção de Maria Santíssima, Rainha da Família, a experiência vivida em Milão será portadora de frutos abundantes para o caminho da Igreja, e um novo impulso para uma maior atenção à causa da família, que é a causa mesma do homem e da civilização. Obrigado".

Finalmente o Papa saudou os peregrinos em diversas línguas incluindo o português: “Saúdo com grande afeto e alegria todos os peregrinos lusófonos, de modo especial a quantos vieram de Angola e do Brasil com o desejo de encontrar o Sucessor de Pedro. Desça a minha bênção sobre vós, vossas famílias e comunidades ao serviço do menor, dos mais pequeninos e necessitados.”


VATICANO, 06 Jun. 12 / 02:51 pm (ACI/EWTN Noticias)



O ESTADO NÃO CALARÁ A IGREJA NA DEFESA DA VIDA E DA DIGNIDADE HUMANA.

A comissão da Verdade e o Dr. Claudio Fonteles

*Paulo Vasconcelos Jacobina
BRASILIA, sábado, 12 de maio de 2012 (ZENIT.org) - A recente criação da Comissão da Verdade pelo governo brasileiro foi vista, por minorias de alguns setores mais radicais (de ambos os lados da escala ideológica), como uma continuação da luta travada na época dos anos de exceção e repressão: por alguns, como uma instância de revanche; por outros, como a oportunidade de resgatar ideologias que, sob um manto aparentemente humanista,  já se mostraram daninhas em outras partes do mundo.
No entanto, a nomeação efetiva da comissão, que se mostrou bastante equilibrada, veio a mostrar que ela pode, de fato, ser aquilo que a grande maioria está esperando – uma instância de resgate da dignidade – e muitas vezes até dos restos mortais - dos que estiveram envolvidos nos conflitos ainda não completamente esclarecidos daquela quadra da história recente do Brasil.
Quero destacar, aqui, em especial, a minha admiração pela pessoa do Professor Doutor Cláudio Fonteles, nomeado pela Presidência da República para compor esta Comissão. Ele é membro emérito do Ministério Público Federal, onde foi Procurador-Geral da República, e tem uma história de luta pelos direitos humanos na melhor linha da Doutrina Social da Igreja, que ele aliás ensina, com muito brilhantismo, no Curso Superior de Teologia da Arquidiocese de Brasília.
Cláudio Fonteles está na comissão em razão da sua história como homem público, e como digno representante dos cristãos que, movidos pela necessidade de defender a vida e a liberdade em nosso país, expuseram sua segurança pessoal para discordar pacificamente das políticas equivocadas de então, bem como para registrar e documentar o que ocorreu no período: nós, os católicos brasileiros, na excelente companhia dos irmãos judaicos e dos irmãos protestantes.
Isto foi feito através de iniciativas preciosíssimas como, por exemplo, o projeto Brasil Nunca Mais, iniciado ainda na clandestinidade, no tempo da ditadura, quando se podia falar de verdade em "justiça de transição".
Não estou tratando dos que, naquela época, muitas vezes empolgados ou pressionados pelos tempos duros, acabaram adotando caminhos radicais e incompatíveis com a boa doutrina social da Igreja. Falo dos cristãos que, ontem como hoje, levantaram pacificamente suas vozes em defesa do direito à vida e à liberdade ameaçados pelo Estado brasileiro de então, em que a vontade de alguns foi confundida com a vontade de todos, e a eliminação física de pessoas em razão desta ou daquela posição ideológica era vista como muito natural.
Curioso que, naquela época como hoje, a Igreja continue como bastião inabalável da luta em favor da vida dos mais fragilizados – naquela época, os mortos e desaparecidos na luta política; hoje, os nascituros, anencéfalos e doentes terminais, ameaçados agora pelo aborto e pela eutanásia.
Uso a expressão “curioso” não por causa da luta da Igreja pela vida, que é sempre coerente e firme. Mas porque os argumentos daqueles que se opõem a esta luta cristã continuam bem parecidos: trata-se, diziam os de então, de questões de Estado, e, como o Estado é laico, nós, católicos, deveríamos manter-nos fora de tais discussões. Este argumento ainda é repetido, hoje, pelos que, ocupando funções estatais, liberam o aborto e a eutanásia. Mas a luta pela vida é sempre nossa, e o Estado não calará a Igreja na defesa da vida e da dignidade humana. Que o Estado é laico sempre o soubemos, e não queremos nem por um momento que seja diferente. Mas lembraremos sempre a todos – aí incluídos os eventuais ocupantes do Poder em qualquer quadra histórica - que a vida humana é sagrada e que sempre a defenderemos frente ao Estado, da concepção à morte natural.
Cláudio Fonteles continua como um grande lutador pela vida, e teve que ouvir, muitas vezes, a acusação de que a sua atuação indivisa como homem público cristão “feria a laicidade do Estado”, quando, no exercício dos importantes cargos públicos que ocupou, lutava intransigentemente pelo respeito à vida dos nascituros, embriões e bebês, contra abortos e frias manipulações destrutivas em laboratório. Cláudio, no entanto, é um exemplo de cidadão íntegro e coerente: ele sempre teve os mesmos princípios humanos, quer na missa, quer no seu gabinete de Procurador Geral da República, onde não buscou aplausos fáceis, mas a luta corajosa pela defesa do ser humano.
Orgulho-me, ainda, como Procurador da República que também sou, que felizmente o Dr.Cláudio Fonteles, além de grande cristão, também seja um colega de instituição, e que de certa forma me represente duplamente nesta Comissão.
* Paulo Vasconcelos Jacobina é Procurador Regional da República e Mestre em Direito Econômico

http://www.zenit.org



BISPOS CONSTERNADOS COM O "DOMINGO NEGRO" DA NIGÉRIA

Atentados terroristas contra cristãos e catástrofe aérea atingem o país

ROMA, quarta-feira, 6 de junho de 2012 (ZENIT.org) - Os bispos da Nigéria manifestaram sua consternação diante dos últimos acontecimentos no país: um novo ataque terrorista, dentro de uma já longa série de atentados contra centros cristãos, e um acidente aéreo com 153 vítimas fatais. Ambas tragédias aconteceram no último domingo.
“Estamos consternados e perplexos com as duas tragédias que golpearam a Nigéria ontem: o acidente aéreo em Lagos, que provocou a morte de 153 pessoas, e o ataque contra uma igreja cristã em Bauchi”, disse à agência Fides dom Ignatius Ayau Kaigama, arcebispo de Jos e presidente da Conferência Episcopal da Nigéria, que acaba de encerrar um encontro com os bispos em Abuja.
“Estou na capital federal, Abuja, em peregrinação nacional de oração. Convidamos os católicos da Nigéria, dos bispos até cada um dos fiéis, a se reunirem na cidade para orar pelo nosso país. Em particular, pedimos a ajuda do Senhor para enfrentar os incessantes ataques terroristas, com bombas, assassinatos e roubos a mão armada, cometidos contra toda a nação”.
“O momento de oração celebrado em 2 de junho contou com uma participação extraordinária. Os fiéis oraram com muita intensidade”, conta dom Kaigama. “Depois da oração, os bispos se reuniram com o presidente Goodluck Jonathan, para discutir os problemas de segurança do país e os ataques contra as igrejas cristãs, especialmente no norte. A reunião foi muito frutífera”, opina o arcebispo.
 Neste domingo, 3 de junho, um avião de carreira que une Abuja à capital econômica nigeriana, Lagos, caiu sobre um bairro desta última cidade. Na queda, o avião com 147 passageiros e 6 tripulantes bateu contra um pequeno prédio de dois andares e em seguida se despedaçou em um terreno onde havia uma igreja e uma gráfica. No mesmo dia, em Bauchi, norte da Nigéria, um carro-bomba explodiu perto de uma igreja pentecostal, matando 15 pessoas.


Fonte: cleofas.com.br



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