Maria do
Carmo desabafa e diz que Governador fecha as portas para Santarém
Até o
dia 08 de junho o governo do Estado tem que oficializar através de um documento
a indicação de que a cidade de Santarém deverá servir como centro de
treinamento das seleções que irão disputar a Copa do Mundo em 2014. O problema
é que apesar dos esforços da prefeita Maria do Carmo, ela não consegue falar
com nenhuma autoridade governamental na capital do Estado. Conclusão, por conta
desse chá de cadeira que o governo Jatene está dispensando à prefeita Maria do
Carmo, Santarém pode perder a chance de ser o centro de treinamento do encontro
de seleções de futebol internacional.
“Eu não
consigo dialogar com o governo do Estado para que me esclareçam se está sendo
feito ou não alguma negociação nesse sentido”, disse a Prefeita. “Eu não
consigo falar com ninguém do governo do Estado. Tenho ligado insistentemente,
tento marcar audiência, mando pessoas até Belém, mas não tenho conseguido
diálogo com o governo Estadual”, desabafou a prefeita de Santarém.
Por
conta desse silêncio do governo Jatene, que pode muito bem ser um sinal de
boicote ao município de Santarém, tenha ou não conotação política, por ser a
prefeita Maria pertencente ao Partido dos Trabalhadores, restou à prefeita
fazer um apelo através do jornal O Impacto: “Eu gostaria até de apelar para algumas
lideranças locais do PSDB que tivessem esse cuidado com nossa cidade. Eu espero
que pelo fato de eu ser do PT eu não fique de fora, por ter sido levado essa
condição política em consideração”, desabafa.
Com a
falta de diálogo, a Pérola do Tapajós perde com a chance de alavancar o turismo
em âmbito internacional: “Estou externando, principalmente para a sociedade
desportiva santarena minha preocupação, pois o prazo é até hoje, sexta-feira,
dia 08”, fala a Prefeita. “Se não for, Santarém não tem nem a chance de
concorrer entre as demais cidades”, finalizou a prefeita Maria.
Colosso
do Tapajós será subsede da Copa: O estádio Colosso do Tapajós foi cedido à
Federação Internacional de Futebol (FIFA) e ao Comitê Organizador da Copa de
2014 para ser um dos Centros de Treinamento das seleções participantes do
mundial. A formalização oficial foi realizada na tarde de quarta-feira (6),
depois que o secretário de Esporte e Lazer do Estado, Marcos Eiró, assinou um
contrato. Ele também apresentou o projeto de reforma do Colosso do Tapajós,
seguindo orientações repassadas pelo Comitê da Copa em reunião realizada em
fevereiro deste ano. Nos próximos dias, uma equipe de técnicos estará na cidade
Pérola do Tapajós fazendo um trabalho de levantamento das potencialidades turísticas,
infraestrutura, hospitais, condições do trânsito e hospedagens.
Prefeita
mantém palavras: Enquanto isso acontece, a prefeita de Santarém, Maria do Carmo
Martins, permanece ignorada pelo governo do Estado. Segundo ela mesma declarou
a equipe do jornal O Impacto, na noite de quarta-feira: “Apesar da decisão
oficial divulgada pelo secretário Marcos Eiró, eu sequer fui comunicada”, disse
a Prefeita. Segundo a gestora santarena, a divulgação da decisão em manter
Santarém como Centro de Treinamento da Copa, deveria ser de comum acordo com
ela, por ser autoridade máxima do Município e estar à frente dos projetos de
melhorias na infra-estrutura do Estádio municipal. “Eu deveria ser informada
oficialmente sobre essa decisão, pois precisamos conversar e traçar planos, já
que o estádio ficará fechado por vários meses devido sua reforma. São Raimundo
e São Francisco ficarão impossibilitados
de bancar seus jogos em Santarém, por isso deveríamos sentar e conversar, mas
isso não aconteceu. Eu continuo sendo ignorada pelo governo do Estado do Pará”,
finalizou Maria do Carmo.
Por: Carlos Cruz
Procissão de Corpos Cristi
em Novo Progresso
A
procissão de Corpos Cristi em Novo Progresso chamou a atenção pela linda
decoração das Ruas e da Igreja que ficou lotada de fieis para assistir a
celebração da Santa Missa, a colaboração da população no enfeite das ruas e da
Igreja foi motivo de agradecimento do Padre José Viani, muitas crianças também
participaram ativamente da decoração.
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Norte Energia ameaça
liderança comunitária
“Eles
disseram que vão destruir minha casa e me multar em 10 mil reais”
Norte
Energia ameaça liderança comunitária de demolir sua casa com força policial por
participar de organização de encontro paralelo à Rio +20. O pescador e
liderança da comunidade de Santo Antonio, Élio Alves da Silva, recebeu no
início de junho um ultimato para abandonar a sua casa. Segundo ele, advogados
da Norte Energia, que já desapropriou a maioria das habitações da vila,
disseram que sua casa será demolida nesta quarta (6), e ele poderá ser multado
em R$ 10 mil. Élio é presidente da Associação de Moradores de Santo Antonio,
onde acontecerá um encontro dos atingidos por Belo Monte, o Xingu + 23.
Assim
como a maior parte dos moradores da vila, o pescador já foi oficialmente
despejado, mas fechou um acordo verbal com a Norte Energia para permanecer no
local para acompanhar, como presidente da Associação, o processo de remoção das
famílias. “Mas no dia 1º, um advogado e um outro cara [da Norte Energia]
levaram uma papelada pra eu assinar. Disseram que iam derrubar a minha casa e
que eu precisava assinar [para autorizar]. E que se eu não autorizasse, ele ia
lá com a polícia, derrubava a casa e me dava uma multa de 10 mil reais. Eu não
assinei e nem vou assinar, e pra derrubar meu barraco só se passar por cima de
mim primeiro”.
Nesta
terça, Élio procurou a empresa para negociar. “Me deram um prazo de 48 horas,
que vencia ontem. Aí eu fui lá na Norte Energia, e eles disseram que vão
derrubar amanhã”, relata o pescador. “Eles disseram que já passou tempo demais,
que o meu tempo de desocupar já venceu e que, já que eles são os donos da área,
eu teria que sair”.
Envolvido
na realização do que pode vir a ser a última missa de Santo Antônio, atividade
que abre o encontro, Élio acredita que esteja sendo perseguido politicamente.
“Isso aí é pressão por causa do Xingu +23?, afirma. “Eles atrasaram dois meses
a carta de crédito [indenização pela casa], e agora fazem isso?”
Élio
teve a indenização de sua casa avaliada em cerca de 25 mil reais. Por
considerar o valor baixo demais, optou por receber como mitigação a carta de
crédito, que permitiu que ele comprasse uma pequena chácara onde agora planta
cacau. “Queria mesmo era continuar cuidando de peixe, mas não achei terra perto
do rio que eu pudesse pagar”, conta. Élio também tem sofrido de dores nas
costas e no peito, graças à mudança nos hábitos de trabalho.
Mesmo
tendo conseguido a nova terra, a mais de 30km do rio mais próximo e a 80km de
onde atracava sua canoa, Élio, como liderança comunitária, exigiu que a empresa
permitisse que ele permanecesse na vila, para que pudesse acompanhar as
remoções.
Como a
comunidade foi desapropriada às pressas e de maneira precarizada, muitas outras
famílias continuam vivendo no local; ou porque usam a escola, ou porque ainda
não receberam indenizações ou cartas de crédito, ou porque estão sendo
processadas judicialmente pela empresa.
Fonte: Movimento Xingu Vivo Para Sempre
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