Uma nova
corrida pelo ouro no Pará deve atrair milhares de imigrantes ao Pará nos
próximos cinco anos, já que pelo menos oito projetos espalhados por várias
regiões do Estado confirmaram a incidência do minério. Ao todo, as reservas
paraenses apresentam capacidade de produzir 9 milhões de onças (oz) de ouro, ou
seja, 270 toneladas do mineral. Dos oito projetos previstos para o Estado –
todos já em fase de implantação -, três estão na região do Tapajós; dois no
Sudeste paraense; um na região do Xingu; e dois no Nordeste. A previsão é que
as oito reservas estejam em total funcionamento até 2017, de acordo com o
geólogo paraense Alberto Rogério da Silva. Segundo ele, no entorno dos
depósitos minerais, serão gerados cerca de 500 empregos diretos e mais 6,5 mil
indiretos.
Os projetos
da região do Tapajós serão explorados pelas mineradoras Ouro Roxo (reserva de
700 mil oz), Unamgen S/A (2 milhões oz) e Serabi Gold (600 mil oz). Já no
Sudeste do Pará, a exploração será feita pelos grupos Reinarda Mineração (200
mil oz/ano) e Colossus Minerals (1,1 milhão oz). No Xingu, o projeto pertence à
companhia Belo Sun Mining Corporation (cujo plano, embora ainda esteja em fase
de licenciamento, apresenta uma reserva de 2,8 milhões oz). Por último, no
Nordeste do Estado, estão em fase de pesquisa os empreendimentos das empresas
Luna Gold Mineração e Companhia Nacional de Mineração (CNM).
De acordo
com o geólogo, a região Tapajós tem a maior área garimpeira do mundo (são 100
mil km²), com mais de 2,2 mil pontos de extração de ouro e uma reserva de 28
mil km².
Alberto
Rogério afirma que uma das empresas instaladas em Itaituba está articulando um
projeto para montar sua refinaria em Belém, com o objetivo de refinar todo o
ouro paraense. Segundo ele, a produção atual de ouro em Itaituba gira em torno
de 250 a 300 quilos por mês. O geólogo explica que aproximadamente 52% do
minério produzido no Pará são destinados às joalherias de várias partes do
mundo; 20% são convertidos em investimentos privados, ou seja, viram papéis na
bolsa de valores; e o restante (30%) se transforma em outros tipos de
investimentos.
Garimpo de
Itaituba
Garimpando
Notícias/O Liberal
Postado por
Estado do Tapajós
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