sábado, 5 de maio de 2012

Governo do Pará acusado de deixar madeira apodrecer em Juruti.


Madeira doada pela Alcoa aos afetados pela enchente está apodrecendo

Madeira doada pela Alcoa está apodrecendo

Preocupados com a situação precária de dezenas de famílias na zona ribeirinha do município de Juruti, no Oeste do Pará, por causa da grande cheia deste ano, moradores daquele Município denunciam que cerca de 3 mil metros cúbicos de madeira doada pela mineradora ALCOA em 2009, para a Defesa Civil Estadual auxiliar os ribeirinhos contra os desastres da enchente, ainda não foram usadas e estão apodrecendo.

O caso da madeira que deveria ser doada, mas apodrece, por obra e graça de uma burocracia que mais dificulta do que legaliza, é responsável por atritos que surgem entre os agentes do governo Federal e as instituições que deveriam receber as doações. Paralelo a esta fator nada positivo, ainda tem o caso do armazenamento da madeira de forma inadequada. Em Santarém, todos lembram do triste caso da madeira que virou carvão de forma criminosa no terreno da extinta Assibama.

Agora surge como vilão o governo do Estado que mesmo ciente das condições de emergência decretadas em alguns municípios da região Oeste do Pará, não libera madeira aos necessitados. No Ibama de Santarém, além de muitos metros cúbicos de madeira, motosserras, caminhões, motos e tratores também estão destinados a virar sucata inútil.

Estado impõe obstáculos: Fontes informaram que o governo do Pará não utilizou a madeira doada pela Alcoa em 2009 e, que o material ficou guardado em Juruti, sem ser utilizado no auxílio aos ribeirinhos.

Populares destacam que pela falta de uso, parte da madeira apodreceu e o restante foi doada recentemente à prefeitura de Juruti, para que fosse utilizada no auxílio às famílias que sofrem com o período de cheia do rio Amazonas, nesta época do ano.

Inconformados com o descaso, ribeirinhos denunciam que não foram contemplados com a madeira e que tanto a Defesa Civil Municipal quanto a Estadual foram responsáveis por deixar a madeira apodrecer antes de servir aos moradores.

O titular da Secretaria Municipal de Governo e coordenador da Defesa Civil de Juruti, Antônio João Teixeira Campos Silva, garante que o material ainda reúne condições para ser utilizado e que será destinado à população ribeirinha. Para ele, houve a perda de uma porcentagem considerável de madeira, mas o material servirá para auxiliar as ações da Defesa Civil no Município.

Esperamos que o destino de parte da madeira apreendida seja de imediato o socorro aos ribeirinhos em Juruti. Quanto as motosserras, tratores e equipamentos guardados no pátio do Ibama em Santarém, de tanto que estão armazenados, infelizmente não servem mais nem para vender como sucata. O pátio do Ibama em Santarém em breve pode se tornar foco de tétano permanente. Em Juruti, a madeira apodrece.


Fonte: RG 15/O Impacto e Carlos Cruz

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