Madeira
doada pela Alcoa aos afetados pela enchente está apodrecendo
Madeira
doada pela Alcoa está apodrecendo
Preocupados
com a situação precária de dezenas de famílias na zona ribeirinha do município
de Juruti, no Oeste do Pará, por causa da grande cheia deste ano, moradores
daquele Município denunciam que cerca de 3 mil metros cúbicos de madeira doada
pela mineradora ALCOA em 2009, para a Defesa Civil Estadual auxiliar os
ribeirinhos contra os desastres da enchente, ainda não foram usadas e estão
apodrecendo.
O caso da
madeira que deveria ser doada, mas apodrece, por obra e graça de uma burocracia
que mais dificulta do que legaliza, é responsável por atritos que surgem entre
os agentes do governo Federal e as instituições que deveriam receber as
doações. Paralelo a esta fator nada positivo, ainda tem o caso do armazenamento
da madeira de forma inadequada. Em Santarém, todos lembram do triste caso da
madeira que virou carvão de forma criminosa no terreno da extinta Assibama.
Agora surge
como vilão o governo do Estado que mesmo ciente das condições de emergência
decretadas em alguns municípios da região Oeste do Pará, não libera madeira aos
necessitados. No Ibama de Santarém, além de muitos metros cúbicos de madeira,
motosserras, caminhões, motos e tratores também estão destinados a virar sucata
inútil.
Estado impõe
obstáculos: Fontes informaram que o governo do Pará não utilizou a madeira
doada pela Alcoa em 2009 e, que o material ficou guardado em Juruti, sem ser
utilizado no auxílio aos ribeirinhos.
Populares
destacam que pela falta de uso, parte da madeira apodreceu e o restante foi
doada recentemente à prefeitura de Juruti, para que fosse utilizada no auxílio
às famílias que sofrem com o período de cheia do rio Amazonas, nesta época do
ano.
Inconformados
com o descaso, ribeirinhos denunciam que não foram contemplados com a madeira e
que tanto a Defesa Civil Municipal quanto a Estadual foram responsáveis por
deixar a madeira apodrecer antes de servir aos moradores.
O titular da
Secretaria Municipal de Governo e coordenador da Defesa Civil de Juruti,
Antônio João Teixeira Campos Silva, garante que o material ainda reúne
condições para ser utilizado e que será destinado à população ribeirinha. Para
ele, houve a perda de uma porcentagem considerável de madeira, mas o material
servirá para auxiliar as ações da Defesa Civil no Município.
Esperamos
que o destino de parte da madeira apreendida seja de imediato o socorro aos
ribeirinhos em Juruti. Quanto as motosserras, tratores e equipamentos guardados
no pátio do Ibama em Santarém, de tanto que estão armazenados, infelizmente não
servem mais nem para vender como sucata. O pátio do Ibama em Santarém em breve
pode se tornar foco de tétano permanente. Em Juruti, a madeira apodrece.
Fonte: RG
15/O Impacto e Carlos Cruz
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