A Polícia
Federal de Sinop prendeu, ontem, dois fiscais do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Eles são acusados de
cobrarem propina para liberar madeira extraída irregularmente em Cláudia (90 km
de Sinop). O alvo da chantagem era o vice-prefeito do município, Gilmar
Sokolovski. Depois de denúncia recebida, de que os servidores estariam cobrando
propina para liberar madeira apreendida dentro da Operação Verdes Veredas, o
Ibama de Sinop informou a Polícia Federal, que promoveu o flagrante com
gravação de áudio e vídeo.
De acordo
com informações da PF, os dois servidores presos estavam solicitando a quantia
de R$ 20 mil para que parte da madeira apreendida pelo órgão ambiental nas últimas
semanas na região do município, especificamente àquela de alto valor comercial,
fosse desviada, serrada e beneficiada por uma madeireira da região, para
posterior venda
Em razão da
denúncia, os policiais federais se deslocaram até o município e instalaram uma
câmera dentro do gabinete do prefeito e acabaram flagrando os dois servidores
no momento em que solicitavam a quantia ao vice-prefeito. Os policiais deram
voz de flagrante aos dois servidores do Ibama, conduzindo-os até a delegacia de
Polícia Federal de Sinop.
Eles foram
ouvidos e autuados pelo crime de corrupção passiva. Depois foram encaminhados
ao Presídio Osvaldo Florentino, o “Ferrugem”, onde permanecerão à disposição da
Justiça. O delegado da Polícia Federal, Rômulo Rodovalho Gomes, afirmou que os
servidores podem pegar pena de dois a 12 anos de reclusão.
Por meio da
assessoria, a superintendente do Ibama em Mato Grosso, Cibele Ribeiro, declarou
que o fato ocorrido em Cláudia será apurado com o rigor que o caso merece. “Não
vamos tolerar esse tipo de conduta deplorável, que entristece e envergonha os
demais servidores e a sociedade. Os servidores envolvidos no episódio serão
submetidos a processo administrativo disciplinar que será instaurado pela
Corregedoria e Presidência da autarquia, em que será garantido amplo direito a
defesa e ao contraditório”.
Fonte:Noticias
Hoje
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