Operação da PF
A Polícia Federal realizou, na manhã desta quarta-feira, a Operação
Salmo 96:12 para combater esquema de corrupção e fraudes armado para
regularizar terras e autorizar a exploração madeireira em imensas áreas da
Floresta Amazônica, em Roraima. Foram presas 35 pessoas, entre elas servidores
de órgãos ambientais, madeireiros e consultores ambientais. No total, 115
pessoas devem ser indiciadas por envolvimento no esquema.
Segundo a PF, o prejuízo ao meio ambiente é incalculável, mas é
possível dizer que a rede foi responsável por autorizar o desmatamento de área
igual a 21 mil campos de futebol e a extração de 1,4 milhão de metros cúbicos
de madeira, suficientes para fazer uma fila de São Paulo (SP) até Brasília
(DF).
As investigações, que começaram há mais de um ano, detectaram
irregularidades no Instituto Brasileiro de Meio ambiente (Ibama), Instituto de
Terras de Roraima (Iteraima), Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra) e Fundação Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos
(Femarh). Foram identificados o envolvimento de 20 servidores desses órgãos, 20
madeireiros, quatro empresários do ramo de consultoria ambiental e mais de cem
laranjas e familiares.
Os agentes da PF foram às ruas para cumprir 44 mandados de prisão,
11 mandados de condução coercitiva e seis de busca e apreensão (quatro deles em
órgãos públicos). A investigação também resultou em 18 afastamentos de funções
públicas, 28 indisponibilidades de bens de pessoas físicas e 20
indisponibilidades de bens de pessoas jurídicas.
Os presos serão levados à Penitenciária Agrícola de monte Cristo, em
Boa Vista. Eles serão indiciados pelos crimes de corrupção ativa e passiva,
formação de quadrilha, prevaricação, coação no curso do processo, violação de
sigilo profissional, extração ilegal de madeira e usurpação de bens da União.
A operação se chama Salmo 96:12, em referência à preservação da
natureza. Esse trecho da bíblia diz: “Alegre-se o campo com tudo o que há nele;
então se regozijarão todas as árvores do bosque”.
Fonte: O Globo
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