quarta-feira, 30 de maio de 2012

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A quebra da privacidade do Papa

Infelizmente a privacidade do Papa foi quebrada de  maneira vergonhosa e triste. Alguns de seus documentos privados foram roubados e publicado na imprensa. Evidentemente o Vaticano abriu um processo sobre o caso.

O Padre Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé, explicou o processo que envolve  o mordomo do Papa, Paolo Gabriele, acusado de retirar documentos reservados do Vaticano. Pe. Frederico desmentiu que um cardeal da Igreja esteja envolvido no crime. "Eu o desminto do modo mais absoluto, não há nenhum cardeal italiano ou não italiano suspeito de modo particular".  (www.acidigital.com - 28/5/2012).

Paolo Gabriele é casado e pai de três filhos, é um dos membros da chamada "família pontifícia", um grupo de 9 pessoas que serve de maneira pessoal o Papa no apartamento pontifício. Segundo as informações são pessoas de confiança do Papa, e que ele está muito triste pelo ocorrido.

Ele foi preso na tarde da quarta-feira 23 de maio logo que em seu apartamento foram encontrados documentos reservados da Santa Sé. Ele permanece detido na Delegacia do Vaticano; mas pode participar da missa, receber visita da esposa e dos seus advogados.

A prisão de Gabriele foi motivado pela abertura de um processo legal após a publicação de um livro com documentos reservados recolhidos pelo jornalista italiano Gianluigi Nuzzi. O texto leva o título de "Sua Santidade" e revela correspondência privada do Papa. É um crime grave contra Chefe de Estado.

O porta voz do Vaticano  explicou que a primeira fase do processo já foi concluída e que Gabriele conta com dois advogados. A fase de investigação formal foi iniciada pelo Juiz Piero Antonio Bonnet. Esta fase continuará até que haja uma visão da situação que é o objeto de investigação, depois o juiz fará o  julgamento.
O Pe. Lombardi desmentiu as versões de alguns meios de imprensa  de que houvesse alguns aparelhos de gravação em sua casa, ou o fato de que sua família se transladou para fora do Vaticano. Carlo Fusco, advogado de Gabriele, afirmou que o acusado tem o desejo de colaborar com o caso e que encontra "muito sereno e tranquilo".

O porta-voz disse que a Comissão de Cardeais nomeada pelo Papa tem ouvido diversas pessoas, entre eles cardeais que são responsáveis por diversos cargos da Cúria Romana, mas isto não significa em absoluto que haja motivos de suspeita. "Eu o desminto e isto não tem fundamento".

"Também desminto que haja alguma mulher investigada, em uma entrevista ou suposta entrevista de um jornal italiano, que falava de um grupo de relatores nomeados pelo Papa e dirigidos por uma mulher".

O Padre Lombardi disse que os cardeais devem logo informar ao Papa sobre os resultados de suas investigações. Sobre as supostas "lutas de poder" internas no Vaticano, o sacerdote considerou estas versões como exageradas e sem fundamento, por isso fez aos jornalistas um chamado "à objetividade".

O Papa Leão XIII dizia que "a Igreja não tem medo da verdade", porque a verdade liberta. Certamente após as investigações e a conclusão de todo esse processo, a Santa Sé poderá tomar as devidas providências para que a privacidade do Papa não seja violada por pessoas indecorosas.

É de se lamentar que alguns meios da  Imprensa italiano estejam fazendo um barulho enorme sobre o caso e ainda aumentando as suspeitas indevidamente. A Igreja tem dois mil anos de luta, de martírios e de perseguições contínuas; e não é mais um fato desse tipo que vai desmoralizá-la. Ao Papa todo o nosso respeito, gratidão e muitas orações nesse momento difícil que certamente atravessa.


Prof. Felipe Aquino

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