A
quebra da privacidade do Papa
Infelizmente a privacidade do Papa foi quebrada de maneira vergonhosa e triste. Alguns de seus
documentos privados foram roubados e publicado na imprensa. Evidentemente o
Vaticano abriu um processo sobre o caso.
O Padre Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé,
explicou o processo que envolve o
mordomo do Papa, Paolo Gabriele, acusado de retirar documentos reservados do
Vaticano. Pe. Frederico desmentiu que um cardeal da Igreja esteja envolvido no
crime. "Eu o desminto do modo mais absoluto, não há nenhum cardeal
italiano ou não italiano suspeito de modo particular". (www.acidigital.com - 28/5/2012).
Paolo Gabriele é casado e pai de três filhos, é um dos
membros da chamada "família pontifícia", um grupo de 9 pessoas que
serve de maneira pessoal o Papa no apartamento pontifício. Segundo as
informações são pessoas de confiança do Papa, e que ele está muito triste pelo
ocorrido.
Ele foi preso na tarde da quarta-feira 23 de maio logo
que em seu apartamento foram encontrados documentos reservados da Santa Sé. Ele
permanece detido na Delegacia do Vaticano; mas pode participar da missa,
receber visita da esposa e dos seus advogados.
A prisão de Gabriele foi motivado pela abertura de um
processo legal após a publicação de um livro com documentos reservados
recolhidos pelo jornalista italiano Gianluigi Nuzzi. O texto leva o título de
"Sua Santidade" e revela correspondência privada do Papa. É um crime
grave contra Chefe de Estado.
O porta voz do Vaticano
explicou que a primeira fase do processo já foi concluída e que Gabriele
conta com dois advogados. A fase de investigação formal foi iniciada pelo Juiz
Piero Antonio Bonnet. Esta fase continuará até que haja uma visão da situação
que é o objeto de investigação, depois o juiz fará o julgamento.
O Pe. Lombardi desmentiu as versões de alguns meios de
imprensa de que houvesse alguns
aparelhos de gravação em sua casa, ou o fato de que sua família se transladou
para fora do Vaticano. Carlo Fusco, advogado de Gabriele, afirmou que o acusado
tem o desejo de colaborar com o caso e que encontra "muito sereno e
tranquilo".
O porta-voz disse que a Comissão de Cardeais nomeada pelo
Papa tem ouvido diversas pessoas, entre eles cardeais que são responsáveis por
diversos cargos da Cúria Romana, mas isto não significa em absoluto que haja
motivos de suspeita. "Eu o desminto e isto não tem fundamento".
"Também desminto que haja alguma mulher investigada,
em uma entrevista ou suposta entrevista de um jornal italiano, que falava de um
grupo de relatores nomeados pelo Papa e dirigidos por uma mulher".
O Padre Lombardi disse que os cardeais devem logo informar
ao Papa sobre os resultados de suas investigações. Sobre as supostas
"lutas de poder" internas no Vaticano, o sacerdote considerou estas
versões como exageradas e sem fundamento, por isso fez aos jornalistas um
chamado "à objetividade".
O Papa Leão XIII dizia que "a Igreja não tem medo da
verdade", porque a verdade liberta. Certamente após as investigações e a
conclusão de todo esse processo, a Santa Sé poderá tomar as devidas
providências para que a privacidade do Papa não seja violada por pessoas indecorosas.
É de se lamentar que alguns meios da Imprensa italiano estejam fazendo um barulho
enorme sobre o caso e ainda aumentando as suspeitas indevidamente. A Igreja tem
dois mil anos de luta, de martírios e de perseguições contínuas; e não é mais
um fato desse tipo que vai desmoralizá-la. Ao Papa todo o nosso respeito,
gratidão e muitas orações nesse momento difícil que certamente atravessa.
Prof. Felipe Aquino
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