A Renovação Carismática é um fruto do concílio
Mais de 20 mil pessoas na abertura da 35º Convocação
Nacional Italiana
Rímini, segunda-feira 30 de abril de 2012 (ZENIT.org) - Mais
de 20 mil pessoas participaram na tarde do último sábado (28) na abertura da
35ª Convocação Nacional da Renovação Carismática na Itália.
Com cantos e danças, os membros do movimento se reuniram no
complexo da Feira de Rímini para a oração em comunidade que abriu o evento. A
camiseta oficial do evento estampava todos os números de 1972 até 2012,
evocando os 40 anos do movimento na Itália.
O lema deste encontro é "Com Maria, Mãe da Renovação,
clamamos no Espírito: Jesus é o Senhor! Aleluia!". Este anúncio "não
é um slogan, nem um tema melancólico do passado, mas o desejo de voltar à
essencialidade de estarmos sob a ação do Espírito Santo", disse o
coordenador italiano da Renovação Carismática, Mario Landi, na abertura.
Não se trata, prosseguiu Landi, de um "fato
verbal", mas "existencial", porque "as nossas vidas, se não
forem guiadas pelo Espírito Santo, não fazem sentido". O coordenador acrescentou
que o movimento "é fruto do concílio, como um novo pentecostes na Igreja,
e depois do concílio o Espírito Santo não poderia deixar de dar origem a um
movimento que repropusesse à Igreja e à sociedade o coração do kerygma da
mensagem cristã".
O primeiro dia foi concluído com a missa presidida pelo
bispo de Rímini, dom Francesco Lambiasi. Pouco antes da missa, dom Mariano De
Nicolò, bispo emérito da diocese, saudou os presentes ressaltando a importância
da vida sacramental. A eucaristia, em particular, é "alimento e apoio para
seguirmos a estrada da vida, até chegarmos, depois de deixar este mundo, ao
nosso verdadeiro objetivo, que é o Senhor", disse o prelado. Todo
sacramento deve ser administrado por todos os sacerdotes do mundo, para que os
fiéis "mantenham indelével a memória da redenção". O Espírito Santo
"exerce no corpo místico a mesma ação que tem sobre o corpo físico de
Cristo", completou o bispo emérito de Rímini.
A homilia de dom Lambiasi, nas vésperas do Domingo do Bom
Pastor, focou o conceito de "rebanho" cristão, que não tem nada a ver
com um "coletivismo despersonalizador e massificador". Jesus, o Bom
Pastor, "chama as suas ovelhas, cada uma pelo nome" (Jo 10,3), e a
comunidade cristã é "unidade de diferenças, não confusão de igualdades";
não é "uma massa de anônimos", mas uma "comunidade de
chamados".
Sobre o Dia Mundial de Oração pelas Vocações ao Sacerdócio,
o bispo falou especialmente aos jovens da Renovação Carismática, convidando-os
a se abrirem para o olhar de Jesus, que, "com sua voz inconfundível, diz:
'segue-me'".
"Rezemos para que muitos jovens respondam ao chamado do
Bom Pastor com generosidade humilde, agradecida e incondicional", terminou
o bispo.
Por Lucas Marcolivio
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